A
primeira das Crônicas de Nárnia publicada nos traz a história de quatro irmãos
ingleses: Pedro, Susana, Edmundo e Lúcia Pevensie. Quando Londres, cidade a
qual habitam, se torna um dos cenários da primeira grande guerra, as quatro
crianças se mudam temporariamente para a fazenda de um professor amigo de
família, Digory Kirke (nostálgico, não? *_*).
Lúcia,
a mais nova dos irmãos, acaba descobrindo um mágico guarda roupa que a leva
para um mundo a todo tempo condenado a um rigoroso inverno, onde animais falam,
e sátiros, e dríades e faunos existem: Nárnia.
“Sentiu-se um pouco assustada,
mas, ao mesmo tempo, excitada e cheia de curiosidade. Olhando para trás, lá no
fundo, por entre os troncos sombrios das árvores, viu ainda a porta aberta do
guarda-roupa e também distinguiu a sala vazia de onde havia saído.”
Inicialmente,
nenhum dos irmãos mais velhos acredita na irmã caçula, porém, o acabam fazendo
após testemunharem Nárnia e todos seus atributos com seus próprios olhos. No
final das contas Lúcia não estava perdendo a sanidade.
Os
quatro irmãos acabam se envolvendo no resgate de um fauno e consequentemente em
uma guerra contra Jadis, a Feiticeira Branca. A mesma que condenara Nárnia a
arder em meio ao rigoroso inverno. A mesma que a todo custo tentara afastar os
resquícios do leão Aslam, o verdadeiro rei dos reis, daquela mágica terra. Ao
meio de tudo isso uma profecia que há tempos muitos esperavam começa a se
concretizar, restaurando a esperança da maioria dos habitantes narnianos.
“Quando
a carne de Adão,
Quando
o osso de Adão,
Em
Cair Paravel,
No
trono sentar,
Então
há de chegar
Ao
fim a aflição.”
A
narrativa de “O Leão, a Feiticeira e o Guarda Roupa” ocorre em 3ª pessoa, é bem
movimentada e apresenta um genuíno toque de humor, que deixa a leitura leve a
fluida. No entanto, algumas partes da crônica, mesmo que poucas, parecem se
arrastar e ser mais lentas, assim como em “O Sobrinho do Mago”. Como disse,
isso ocorre com menor frequência do que na primeira aventura na qual conhecemos
Nárnia, o que é ótimo.
Os
personagens principais (humanos ou não) são extremamente cativantes e bem
humorados, excluindo Edmundo e a Feiticeira Branca, claro. Para terem uma
ideia, escrevi em minhas anotações literalmente “livro muito simpático” por
causa desses personagens. Gostei ainda mais deles do que quando li a crônica
pela primeira vez. Mais uma vez me encantei com Aslam, perfeito a todo o
momento, e adorei três dos irmãos Pevensie.
Não tive tempo de gostar de Edmundo. #sorry
Na obra
também estão presentes pequenas doses de drama e ação. Como se trata de um
livro infantil (não o julguem como se fosse feito para outra faixa etária!)
essas doses são regradas, porém certeiras. Consegui me emocionar
particularmente em uma parte. – SPOILER – A
parte em que Susana e Lúcia choram e sofrem junto ao corpo moribundo de Aslam,
frágil e desprotegido, amarrado e sem sua grande e macia juba. – SPOILER – Já as cenas de ação não são de tirar o fôlego e nem
muito animadoras, mas afirmo novamente: estamos tratando de um livro infantil!
O autor não poderia descrever minuciosamente as sangrentas batalhas.
O livro
ainda possui aquela pegada cristã típica (todas as Crônicas de Nárnia possuem
#fato) e também deixa algumas dúvidas que temos não respondidas. Espero que
esses dois fatos não incomodem ninguém, mas confesso que estou pensando em
algumas das possíveis respostas até agora. =s Me incomodei um pouquinho.
Para
mim, “O Leão, a Feiticeira e o Guarda Roupa” cumpriu quase perfeitamente seu
papel de entreter, emocionar e fazer o leitor refletir sobre seus erros e
prioridades. Se você gosta de aventura e fantasia, e ainda não leu “O Leão, a
Feiticeira e o Guarda-Roupa”, está perdendo uma grande oportunidade de conhecer
uma emocionante história. Quatro estrelas e meia!
“Na verdade, vocês nem devem
fazer coisa alguma para voltar a Nárnia. Nárnia acontece. Quanto menos
esperarem, pode acontecer.”
Espero
que tenham gostado da resenha. Não se esqueçam de comentar e de que temos uma PROMOÇÃO
ocorrendo aqui no blog! Até a próxima!
Abraços,
T. L.
Lima.
PS: Não
sei o porquê, mas não estou muito animado para ler “O Cavalo e Seu Menino”. Acho
que quando li pela primeira vez não curti muito. =/
PPS:
Ainda não encontrei nenhum erro de edição no volume que comprei. =)